Este blog nasce fruto de duas grandes paixões que fazem de mim quem sou. Em primeiro lugar, o cenário em que nasci - Açores - paraíso no meio do Atlântico; em segundo a geologia, ciência que escolhi como profissão, provavelmente consequência do meu fascínio pelas ilhas.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O Homem e o Carbono

O aquecimento global é um grave problema já bem instalado na sociedade actual e que tem sérias consequências a vários níveis. Afecta irreversivelmente os oceanos, o clima e consequentemente o habitat de várias espécies. Leva a um aumento progressivo do nível médio das águas do mar, degelo e expansão termal dos oceanos, o que provoca enchentes, erosão marinha e contaminação dos reservatórios de água potável. Todos estes factores terão um sério impacto sobre a população a nível mundial.

O aquecimento global é causado pelo chamado efeito de estufa, ou seja, a quantidade de energia (Solar) que entra na atmosfera é maior do que aquela que sai, resultando num aumento gradual da temperatura na superfície terrestre. A excessiva concentração de dióxido de carbono e outros gases na atmosfera reduz significativamente a libertação de calor para o espaço, provocando o sobreaquecimento do planeta. Ganha relevância, cada vez mais, a aposta de diversos países na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

A maior responsabilidade na emissão dos GEE é atribuída à combustão dos recursos fósseis, como o petróleo ou o carvão, no entanto, a energia é um bem essencial, tanto económico como social de todas as populações. As exigências cada vez maiores do consumo de energia, a nível mundial, levam à crescente utilização de recursos energéticos com consequências nefastas para o ambiente.

O carbono, apesar de aqui parecer apresentado como o mau da fita, é o quarto elemento mais abundante no Universo e circula no nosso planeta através da hidrosfera, litosfera e atmosfera num ciclo naturalmente bem controlado. É a actividade antropogénica, nomeadamente a queima de combustíveis fósseis (já referida) e a desflorestação, que injecta novos fluxos de carbono neste ciclo descontrolando-o. Estas acções transferem mais CO2 para a atmosfera que aquele que é possível remover naturalmente, causando assim um aumento das concentrações atmosféricas de CO2 num curto período de tempo.

O carbono começou a ser um grave problema ambiental aquando da Revolução Industrial no séc. XIX, com o recurso sistemático à combustão da hulha para gerar vapor. Desde então, e até aos dias de hoje, que a economia humana se centra e sustenta no consumo de hidrocarbonetos como forma de energia.

Como inteligentemente podemos deduzir, a solução está numa mudança drástica na forma como obtemos energia, dando maior destaque a energias alternativas.

Surge ‘’recentemente’’ o conceito de «economia do hidrogénio», que é proposto para interromper o ciclo continuo de emissões de CO2. O hidrogénio é limpo na queima, não acarretando assim nenhum problema ambiental. No entanto tem desvantagens, uma vez que não existe na natureza na sua forma pura e para o obter é necessário despender mais energia do que aquela que podemos conseguir utilizando o H como combustivel.

É assim evidente que o futuro da sustentabilidade energética reside na utilização de energias renováveis como a energia das ondas, eólica, solar, geotérmica, entre outras. Que devem ser aproveitadas consoante a sua disponibilidade nas diversas áreas geográficas.

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